Após muitas cobranças e pressão do Sindsaúde e da categoria, o governo repassou o dinheiro da dívida do Ipern e o pagamento será realizado na tarde desta terça-feira (21). Essa conquista foi fruto da luta, com um ato vitorioso no Ipern, no dia 27 de maio, que conseguiu arrancar uma audiência com o governo para o mesmo dia.
Na audiência do dia 06 de junho, após o sindicato questionar a postura do governo de não cumprir com o acordo feito durante a greve da saúde de 2015 e exigir a retomada do pagamento, o governo negociou um calendário de pagamento da dívida do Ipern com a saúde. Um documento elabaorado pelo Sindsaúde foi entregue ao governo e ao Ipern, para que cumpram com o compromisso com as datas de pagamento e também paguem as parcelas atrasadas. Mas, até o momento ambos não assinaram. Estamos aguardando a assinatura e mais uma vez exigimos que o governo não descumpra com a palavra.
Na reunião, o secretário de Planejamento informou que por volta do dia 20 de junho, seria repassado R$ 450 mil para o Ipern realizar os pagamentos aos servidores e que a partir de julho, retomará o acordo de repassar R$ 150 mil por mês e mais R$ 100 mil do repasse do ano passado que não foi feito. Ou seja, a partir de julho o governo irá passar 250 mil por mês, até quitar a nova dívida do acordo do ano passado. No entanto, a soma dos cinco lotes dá o valor de R$ 377.480,54.
Nesta quarta-feira (22), inicia a greve da saúde estadual, coincidência ou não, na mesma semana em que o governo confirmou o não pagamento da primeira parcela do 13º salário. A greve cobra o pagamento em dia dos salários, concurso público, reajuste, recursos para a saúde e a retirada do Projeto de Lei da Previdência Complementar da Assembleia Legislativa.
Nós do Sindsaúde acreditamos que só com muita luta é possível garantir alguma conquista. Por isso, fazemos o chamado à toda categoria a se somar nessa greve. "A crise econômica existe, é fato. Mas os governos jogam essa crise nas costas dos trabalhadores, quando atrasa salário, quando retira a gratificação da vantagem pessoal, quando deixa de pagar o 13º, quando não dá reajuste há seis anos, quando sucatea a saúde pública e tenta privatizar... Não podemos deixar que sejamos penalizados por uma crise que nem os emprespários e o governo conseguem sentir, precisamos sair pra greve e lutar por nossos direitos, não vamos permitir que os governos tirem mais do pouco que recebemos", disse Simone Dutra, do Sindsaúde.