![](/site2012/_upimgs/fck/destaque41.jpg)
Nesta quarta-feira (8), durante a Reunião do Conselho Estadual de Saúde, houve apresentação do demonstrativo de repasses financeiros da Secretaria de Planejamento (Seplan) para a Secretaria Estadual de Saúde (SESAP). Estavam presentes na mesa o Coordenador Financeiro da Sesap, Sidney Varela, o Promotor de Saúde, Carlos Henrique, e o conselheiro Francisco Nonato.
Os números mostram que o governo estadual continua sem repassar quase metade do valor necessário para o funcionamento da saúde pública. Segundo Sidney Varela, o repasse não é suficiente para manter a saúde funcionando. "A média para trabalharmos de uma forma organizada seria de R$ 40 milhões por mês. Não de forma confortável, mas para manter a situação como está hoje", afirma.
Nos primeiros 17 meses do governo Robinson Faria, a Seplan repassou à Sesap R$ 21,2 milhões por mês, em média. Ou seja, o governo estadual deixa de enviar cerca de R$ 19 milhões todos os meses para a saúde estadual.
A planilha mostra que o governo Robinson aumentou o valor dos repasses, comparando com os do último ano do governo de Rosalba Ciarlini, quando os hospitais viveram uma grave crise de desabastecimento. Em 2014, a média do repasse mensal chegou a apenas R$ 17,9 milhões, contra os R$ 21,2 milhões no governo Robinson. A diferença de 18% cai para um aumento real de cerca de 7%, se aplicarmos a inflação do período. No entanto, nem o governo Rosalba e nem o atual governo garantem o necessário para manter os serviços públicos funcionando. Os governos opitam pela terceirização e a privatização da saúde. Enquanto que nos hospitais faltam até sabão, medicamentos e insumos, o governo Robinson continua pagando fielmente a OAS.
A nova secretária estadual de Saúde, Eulália de Albuquerque, e o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira, não compareceram à reunião, mesmo convocados. O Conselho deliberou a escrita e encaminhamento de uma nota de repúdio a essas ausências. Sindicatos e movimentos sociais estavam presentes e denunciaram as condições dos hospitais do RN.
Para Simone Dutra, vice-cooodenadora do Sindsaúde, o governo está fazendo uma escolha sobre a quem destinar a verba do Estado durante a crise econômica.
"A escolha dele é retirar da saúde pública e fazer os usuários do SUS sofrerem".
"A população está morrendo por falta de medicamento e repasse da gestão e existe um responsável por isso", acrescentou a Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Natal, Geolípia Jacinta.