Diante de mais um ataque do governo Robinson e dos deputados estaduais à aposentadoria, os servidores da saúde, em conjunto com o Fórum Estadual dos Servidores, realizarão um ato público nesta terça-feira (07), pela retirada do PL da Previdência Complementar, às 09h, em frente à Assembleia Legislativa.
No dia 10 de maio, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa, voltou a discutir o Projeto de Lei que cria a Previdência Complementar aos servidores públicos. O projeto está parado há mais de um ano, a pedido do Fórum, do qual o Sindsaúde faz parte. Mas agora, foi retomado.
Se aprovado o projeto, os servidores que recebam acima de um teto (hoje em R$ 4.500) terão que contribuir com a Previdência Privada para se aposentar com o valor integral. Ou seja, o servidor vai ter que pagar mais. Com o tempo, o próprio teto pode ir sendo mudado, em função da inflação, fazendo com que mais servidores tenham que contribuir. “Se hoje a gente já se aposenta perdendo várias coisas, imagina com esse projeto aí”, afirma Manoel Egídio, coordenador-geral do Sindsaúde.
O texto fala em atingir apenas os futuros servidores, os que entrarem daqui pra frente, mas a gente sabe que isso é apenas um primeiro passo. Se deixarmos que isso passe, logo virão em cima dos que estão na ativa, do mesmo jeito que os deputados e o governo Temer tentam fazer, propondo uma reforma da Previdência para aumentar a idade da aposentadoria, em especial a das mulheres.
A Previdência Complementar é uma exigência do PL 257, enviado pelo governo Dilma Rousseff, como condição para renegociar a dívida dos Estados com o Governo Federal. É mais uma forma de jogar a conta da crise para o servidor.
Após a grande paralisação e passeata que fizemos dia 02, o governo sinalizou a possibilidade de suspender o Projeto da Previdência Complementar. Mas é preciso pressionar para que isso aconteça. Por isso, chamamos todos (as) a estarem no dia 7 de junho, em defesa da aposentadoria.