A manhã desta quarta-feira (25) foi agitada na sede do Ipern, com o protesto da saúde, pela retomada do pagamento dos processos e contra o PL da Previdência Complementar. Durante o ato público, os servidores entraram no prédio, para buscar uma audiência, mas a porta rapidamente foi a fechada. Foi o suficiente para mexer com o formigueiro, como diz a ciranda. Depois muita insistência e questionamento, os seguranças garantiu a abertura da porta e os servidores entraram cantando palavras de ordem. “Governo caloteiro, faz nove anos que eu espero o meu dinheiro”.
Após alguns minutos, a Tropa de Choque chegou no Ipern, mas sua presença só fez animar mais os servidores, que ainda sentaram no chão, esperando que fossem recebidos. O pessoal só esvaziou o saguão depois que uma comissão foi recebida pela direção do Ipern, que diz que há R$ 450 mil orçados para fazer o pagamento da saúde, mas que esse dinheiro ainda não foi liberado. O Sindsaúde insistiu e conseguiu uma audiência às 15h, na Casa Civil, com o Ipern e a Seplan, para que esse dinheiro saia logo e que se tenha uma solução para acabar com tanta espera.
Na audiência, com a presença do coordenador de Planejamento Orçamentário, Paulo Machado, a chefe do Gabinete Civil do governo, Tatiana Mendes Cunha e o Ipern, a comissão criada durante o ato no Ipern, cobrou o governo para que voltasse a pagar a dívida do Ipern com os servidores da saúde.
Após a chefe de Ganibete se desculpar com o descumprimento do acordo com o Sindsaúde, foram ouvidas as duas partes, que realizam o processo. A Seplan e o Ipern, mais uma vez, jogaram a responsabilidade para o outro, deixando claro a falta de prioridade e o desrespeito com um acordo feito durante a greve da saúde em 2015. A Seplan diz que o Ipern precisa solicitar o dinheiro e o Ipern diz que solicita, mas a secretaria não tem o dinheiro.
Simone Dutra, do Sindsaúde, questionou a postura governo de não cumprir com o acordo e cobrou um calendário de pagamento. “O Estado deveria passar para o Ipern R$ 150 mil por mês, mas o acordo não está sendo cumprido. Nenhum dos meses pagos no final do ano passado atingiu RS 100 mil reais. Queremos sair com um calendário de pagamento, pois faz nove anos que a categoria é penalizada com esses descontos”, disse Simone.
Na ocasião, Tatiana Cunha, disse que não tinha como decidir um calendário e que precisava da resposta do secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira, que não estava presente. A chefe do gabinete solicitou uma nova audiência, na próxima terça-feira (31), às 15h, para que a Seplan, junto com o Ipern elabore um calendário com as datas de pagamento.
Ainda na reunião, foi perguntado sobre o dia do pagamento do salário dos servidores do estado, que há quatro meses vem sendo feito atrasado. Mas, o governo não sinalizou uma data e disse que não tem dia definido. Ou seja, mas um mês com o salário atrasado.