A assembleia dos servidores da saúde de Natal na manhã desta quarta-feira (18), foi rápida, com o relato da audiência com a Secretaria Municipal de Saúde. Ficou claro que, se a categoria não lutar, pode ver o ano passar sem conquistar praticamente nada de sua pauta.
Entre os pontos reivindicados, a SMS afirmou que estaria previsto somente a adequação dos salários à jornada de 30 horas e o reforço da segurança nas unidades. Os demais itens – como reajuste, mudança de nível e auxílio-alimentação – não poderiam ser atendidos, em função da queda de receitas da Prefeitura na crise.
O secretário Luiz Roberto comparou o Brasil com a Grécia e disse que a Prefeitura proibiu qualquer gasto a mais com a folha, para evitar que se ultrapasse o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. O projeto da isonomia está sendo preparado, mas, pelo discurso, seu envio à Câmara dependerá da pressão dos trabalhadores.
O Sindsaúde argumentou que não é possível continuar enviando a conta da crise para os trabalhadores, que estão com salários e gratificações congeladas e já recebem muito mal. E que a Prefeitura deveria buscar outras formas de enfrentar o déficit, que não fosse penalizar o servidor.
Diante da resposta, o Sindsaúde foi com os servidores até a sede da secretaria, para mostrar que não aceita essa resposta. O sindicato foi recebido pelo secretário-adjunto, Marcelo Bessa, que marcou uma audiência para o dia 30 deste mês, com a presença da Semad e da Sempla.
O Sindsaúde fará atos nos locais de trabalho e ampla denúncia na base e junto à população, sobre o descaso do prefeito. O primeiro ato público será na Maternidade Araken Irerê Pinto (antiga maternidade das Quintas), na Av. Ruy Barbosa, seguido do Hospital Municipal e da Maternidade Leide Morais.
A ida na SMS foi encerrada com uma reunião dos servidores, com uma fala de Célia Dantas. “Todos estão de parabéns por termos vindo aqui. Nós mostramos que a saúde está viva e que não aceitamos passar esse ano sem nada. Vamos lutar muito”, convocou.
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