Com tendas instaladas em frente à Casa Civil, os servidores da saúde estadual e municipalizados realizaram nesta quarta-feira (04), uma assembleia e um ato público. Cerca de 350 servidores participaram da atividade contra o atraso de salário, que vem ocorrendo há quatro meses, e as ameaças recentes ao adicional de insalubridade de 5.438 servidores da saúde. Caravanas do interior pegaram a estrada e se somaram à atividade, como Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros e Santa Cruz.
Mesmo com chuva, os servidores da saúde mostraram que estão dispostos a lutar e não arredaram o pé, até que a assembleia fosse finalizada. Eles ainda receberam a saudação do MST, que está acampado em frente à Governadoria, e cantaram músicas e palavras de ordem (veja o vídeo).
A vice-coordenadora do Sindsaúde, Simone Dutra, fez um informe sobre o acordo feito com o governo, na audiência da segunda-feira (2), que teve a presença da empresa responsável pela auditoria e a Compape (setor responsável pelos laudos periciais).
Simone informou que na reunião, após duras críticas do sindicato sobre os erros no relatório da auditoria, o governo recuou e anulou o relatório e a lista geral. Apenas a lista 1 e a lista 3 permanecem, e os casos serão avaliados com acompanhamento do sindicato e de médicos do trabalho. A Compape fará novos laudos nos locais de trabalho. QUem assinou documento pedindo para abrir processo administrativo deve pedir de volta. Além disso, o governo também suspendeu a retirada do adicional noturno para quem estiver em férias e licença. E fará uma consulta a Procuradoria do Estado sobre o que diz a lei.
SAIBA MAIS
A maioria dos oradores destacou que a anulação da lista principal não é motivo para que a categoria recue na luta. “O governo recuou na lista principal mas isso não quer dizer que a ameaça acabou completamente. Sabemos que os governos só sabem tirar dos trabalhadores e a conta da crise econômica somos nós quem pagamos”, disse Simone.
INDICATIVO E UNIDADE
Após as falas, a maioria dos servidores aprovou a proposta de realizar uma assembleia no dia 20 de maio, na Governadoria, com indicativo de greve. A outra proposta, derrotada, era que esta fosse realizada no dia 12 de maio.
“Queremos uma greve geral nesse estado, mas para que isso aconteça, é necessário o esforço de todos os servidores e os demais sindicatos. Estamos discutindo com o Fórum dos Servidores Estaduais do RN, a construção de uma greve unificada. Já entregamos uma pauta unificada ao governo Robinson com pontos que contemplam todas as categorias. Nesta sexta (6), faremos uma reunião para novamente amadurecer a construção da greve geral. Só com a unidade é possível combater os ataques dos governos”, disse Rosália Fernandes, do Sindsaúde. O Fórum dos Servidores terá uma audiência com o governo no dia 09.
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