Nesta quarta-feira (27), o Sindsaúde participou de uma audiência na Governadoria, com a chefe de Gabinete Civil do Estado, Tatiana Mendes Cunha, a chefe do RH da Sesap, Angela Costa e o secretário de Administração, Marcelo Marcony de Lima, para discutir a ameaça do corte na insalubridade de mais de 5 mil servidores da saúde e a retirada do adicional noturno de quem tirar férias ou licença prêmio.
O Sindsaúde questionou essa medida ilegal, que tira um direito garantido aos servidores há muitos anos.
Para Simone Dutra, do Sindsaúde, esse ataque aos trabalhadores é muito grave. “Como se não bastasse o atraso constante no pagamento dos servidores, agora vem mais essa provocação. Essas medidas fazem parte do duro ajuste fiscal dos governos, que querem fazer o servidor público e os serviços públicos pagarem a conta da crise econômica”, disse Simone.
Após os questionamentos, o secretário de Administração acenou com a possibilidade de suspender a obrigatoriedade do servidor fazer o requerimento que avalia o direito ao adicional de insalubridade. Se aprovado, a secretaria de Administração, em conjunto com a Sesap irão construir um texto único e passar essas informações aos hospitais e unidades.
Na segunda-feira (2), às 11h, o Sindsaúde participará de uma nova audiência na Secretaria de Administração com a presença da Compape (Comissão Permanente de Avalição Pericial), para discutir o relatório da auditoria.
"Nós do Sindsaúde achamos que esse relatório está totalmente errado e não merece nenhuma confiança. Por isso, solicitamos uma reunião com a Compape”, disse Simone.
Depois da assessoria jurídica do Sindsaúde explicar que não pode retirar o adicional norturno durante as férias e a licença prêmio, a secretaria de Administração soliciou que a assessoria do sindicato elaboresse um Parecer sobre o seu posicionamento e que encaminhesse para o PGE (Procuradoria Geral do Estado).
Para Simone, o processo pode ser suspenso, mas não tem nada garantido. Diante disso, ela reforça o chamado para que os servidores não fiquem aguardando resposta e sim, vão à luta no dia 4 de maio.
“Só ganhamos tempo, mas não significa que essas questões foram resolvidas. Pelo contrário, precisamos ir às ruas para mostrar ao governo Robinson, que não vamos aceitar esse ataque e nem o atraso do pagamento. Por isso, é muito importante a ampla participação dos servidores da saúde na próxima quarta-feira (4). Vamos nos unir e fazer uma grande paralisação.
No dia 4 de maio, o Sindsaúde realizará uma assembleia e ato público na Governadoria, às 9h.