Independente, classista e internacionalista! Esse será o 1° de Maio de luta, Dia do Trabalhador, que acontecerá em São Paulo, no Vão do Masp, às 9 horas. Organizado pelo Espaço de Unidade de Ação, fórum composto também pela CSP-Conlutas, vamos fazer um ato nacional com diversas entidades, movimentos e organizações de esquerda.
Tomaremos as ruas, assim como fizemos no 1º de abril, “Contra Dilma (PT) e a alternativa de direita (PMDB, PSDB, DEM e outros), por uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre”. O objetivo é levantar a bandeira em defesa dos trabalhadores, no momento em que sofrem tantos golpes dos patrões e do governo. Entre eles, as demissões, a perda de direitos, a precarização da saúde e educação públicas, as privatizações, as terceirizações e precarização do trabalho, a reforma da previdência, que ataca principalmente as mulheres, e a lei antiterrorismo cujo efeito prático é ser anti movimentos sociais. Além disso, firmaremos nosso repudio ao projeto de lei 257/16 que permite congelar os salários dos servidores públicos, cancelar reajustes, suspender concursos, estabelecer programa de demissões (PDV), barrar qualquer aumento para o salário mínimo, vetar a auditoria da dívida pública, entre outras medidas que prejudicam todos os trabalhadores.
O 1º de Maio convocado pelo Espaço Unidade de Ação e CSP-Conlutas é independente dos patrões e do governo, alternativo aos atos organizados pela CUT e Força Sindical, que vão expressar os dois blocos políticos que disputam o poder, o bloco de apoio ao governo e o da oposição burguesa de direita. O nosso ato vai estar a serviço da construção de uma alternativa de esquerda, em oposição ao governo Dilma e contra as alternativas da oposição burguesa de direita.
Diferente dessas duas centrais, vamos chamar a organização dos trabalhadores rumo à luta unificada e a construção de uma Greve Geral no país. Afinal, temos profissionais da Educação e estudantes do Rio de Janeiro de outros estados em luta, os servidores públicos federais, operários da Mabe, no interior de São Paulo, os quilombolas do Maranhão, os Guarani Kaiowás do Mato Grosso do Sul e muitas outras categorias.
A CSP-Conlutas informa que o ato de 1º de Maio tradicional que acontece em São Paulo, na Praça da Sé, organizado pela Pastoral Operária e por entidades locais de esquerda será mantido e conta com o apoio político de nossa entidade, ainda que o nacional do Espaço de Unidade de Ação aconteça na Avenida Paulista.
A nossa luta é internacionalista
Os trabalhadores da França vêm travando uma forte mobilização contra a reforma na Lei Trabalhista, proposta pelo ministro do Trabalho El Khomri. Já tomaram as ruas de centenas de cidades francesas, ocuparam praças e realizaram Greve Geral no último dia 31.
Nos Estados Unidos, professores estão em luta por mais investimentos na educação, recentemente trabalhadores do McDonalds fizeram greves por salários e direitos. As greves aumentam na China, apesar de se noticiar pouco sobre essas paralisações.
O povo está indo às ruas contra a corrupção que se mostrou escandalosa com o vazamento de 11,5 milhões de documentos, chamado Panama Papers, que expôs ao mundo relações financeiras escusas de chefes de estados e empresários, e que expõe entranhas da corrupção mundial.
A crise econômica do capitalismo se aprofunda e a burguesia tenta tirar tudo o que poder dos trabalhadores para salvar seus lucros e seus interesses. Em todo o mundo!
Portanto, para combatê-los, temos de construir pontes e firmar a luta solidária, de caráter internacionalista, reforçando também o a trajetória histórica de luta da classe trabalhadora. Isto porque o 1º de Maio é uma data que remonta a mobilização dos trabalhadores de Chicago (EUA), em 1886, para conquistar a redução da jornada de trabalho para 8 horas, já que as jornadas eram extenuantes, de 13 horas diárias naquele período.
Preparando o 1º de Maio de luta
Mais uma vez, a CSP-Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação convocam a classe trabalhadora, a juventude, os movimentos dos que lutam por moradia, os que lutam contra as opressões, os quilombolas, para tomarem as ruas em defesa de nossas bandeiras.
É preciso que desde já as entidades filiadas a Central organizem suas bases para esse dia. Vamos preparar com panfletagens, assembleias e organizar caravanas de todo o país para trazer ao coração financeiro do Brasil, a Avenida Paulista, nossos lutadores e lutadoras.
Vamos tomar de novo às ruas dizer que nem um, nem outro representam o povo pobre e que vamos construir a alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre nas ruas, nas lutas.
Assim como ocorreu nos atos do dia 1º de abril, a autonomia das entidades e movimentos será garantida, de forma que possam expressar com suas faixas, cartazes, manifestos, intervenções, as posições que tenham acumulado internamente.
– Construir uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre, contra Dilma e a alternativa de direita!
– Em defesa dos trabalhadores. Independência dos patrões e do governo!
– Rumo à Greve Geral!
– Nossa luta é internacional!