Na sexta-feira (18), em sua segunda reunião, a nova diretoria do Sindsaúde realizou um longo debate sobre a conjuntura nacional e a crise política no País, que se aprofundou com a nomeação de Lula e as manifestações contra e a favor do governo. A maioria da direção do sindicato aprovou a não participação em nenhum dos atos (do governo e da oposição de direita), a realização de atos independentes no dia 1º de abril e a defesa do “Fora Todos”, do governo ao Congresso Nacional.
As denúncias envolvendo os maiores partidos do país (PT, PMDB e PSDB) mostram que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) de nada adiantará, tendo em vista que ela seria substituída por Michel Temer ou Eduardo Cunha, ambos do PMDB e também investigados pela Operação Lava jato. A direção do Sindsaúde considera que é necessário defender a mudança de todo o governo e também do Congresso Nacional, a partir de eleições gerais.
A diretoria considera que para fortalecer a luta e construir um terceiro campo, dos trabalhadores, é necessário que a defesa de uma greve geral. “Os trabalhadores ainda não foram às ruas. A maioria é contra esse governo, mas também não está a favor de trocar por Temer, Cunha, Aécio, todos envolvidos em corrupção e que defendem o ajuste fiscal e a reforma da Previdência. Precisamos ir às ruas com o nosso time”, defende Simone Dutra, vice-coordenadora-geral do Sindsaúde-RN.
DEMOCRACIA – Mesmo aprovando a sua posição política sobre o assunto, a direção do Sindsaúde compreende que é necessário abrir o debate na base, para aprovarmos a posição da categoria. Um primeiro passo foi dado na assembleia estadual, quando foi aberto espaço para que representantes de todas as opiniões políticas pudessem se manifestar. Nesta sexta, os diretores aprovaram a publicação de uma tribuna de debates, que será distribuída junto com o próximo jornal da categoria, e a preparação de um fórum específico para a definição da posição da saúde.