Na próxima terça (08), o Sindsaúde promoverá uma roda de conversa “O Zika Vírus e as mulheres trabalhadoras”. O objetivo é debater o impacto da epidemia de doenças provocadas pelo mosquito, em especial o vírus Zika, que tem provocado casos de bebês com microcefalia, e que foi declarado como situação de emergência mundial, pela OMS.
A roda de conversa com integrantes do Movimento Mulheres em Luta (MML) irá discutir a falta de atendimento na rede de saúde para as gestantes e de apoio para as famílias com crianças com microcefalia e a responsabilidade dos governos na propagação do mosquito Aedes Aegypt, principal transmissor.
Além de discutir propostas e formas de luta contra a epidemia, o debate irá discutir a proposta defendida até por especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS), de permissão da interrupção da gestação em casos de microcefalia.
Em seguida, haverá um ato público, às 13h, com concentração em frente a prefeitura. O percurso passará pela Sesap e finalizará em frente à Câmara dos vereadores.
O ato é organizado pela Frente Feminista de Natal, composta por diversas organizações e independentes. A frente realizou duas reuniões para discutir a necessidade de se construir um ato em unidade em defesa das mulheres. Foram debatidos temas como a crise econômica e os efeitos dela para as mulheres trabalhadoras, a violência machista contra as mulheres, a legalização do aborto, os casos de Zika e Microcefalia, a Reforma da Previdência, o conservadorismo do Congresso Nacional, o Fora Cunha e o retrocesso da retirada dos termos "gênero" e "orientação sexual" do Plano Nacional da Educação, pelos vereadores de Natal.
Diferente do que a mídia coloca sobre essa data, o 8 de março resgata em sua história a luta das mulheres por melhores condições de trabalho, pela redução da jornada de trabalho, salário igual para trabalho igual, contra a intolerância dos patrões e o direito ao voto. É uma data de resistência e luta das mulheres contra o machismo, e que já faz parte do calendário do movimento feminista todos os anos.
Para fortalecer a luta das mulheres contra os ataques do governo, é necessário unir os trabalhadores na luta contra o machismo e a exploração. Lutar contra o ajuste fiscal, exigir creches públicas, gratuitas e de qualidade, pela legalização do aborto e por 1% do PIB para o combate à violência.
Constroem o ato: Sindsaúde-RN, Sinai, Sintest, o Movimento Mulheres em Luta, Marcha Mundial de Mulheres, Levante da Juventude Popular, Juventude às Ruas, LSR, PT, Consulta Popular, Sintest, Anel e CSP-Conlutas, entre outras organizações.