A largada para a privatização da Petrobras e da entrega das reservas de petróleo do Brasil foi dada a partir do governo tucano. FHC leiloou 88 (9%) blocos exploratórios de petróleo. Lula e Dilma foram ainda mais entreguistas, os governos petistas leiloaram 891 (91%) blocos, além do Campo de Libra, a maior bacia de petróleo do Brasil.
Juntos, o PT, o PSDB e o Congresso corrupto já utilizaram de todas as manobras para acabar com a exclusividade da Petrobras na exploração e produção de petróleo do Brasil. Quebraram o monopólio estatal do petróleo e, de imediato, criaram o modelo de concessão das reservas petrolíferas das bacias sedimentares brasileiras, em terra e no mar, e começaram os leilões durante o governo tucano. Descoberto o pré-sal, criaram o modelo de regime de partilha e continuaram os leilões.
Porém, na última quarta-feira (24), o PLS 131 do senador José Serra (PSDB) foi votado por 40 votos a favor e 26 contrários. A versão votada foi fruto de mais um acordo entre o governo Dilma, o PMDB de Renan e o PSDB de Serra e Aécio. O projeto de lei significa avançar ainda mais na privatização da Petrobras.
O que muda com o PLS 131?
Com a aprovação do PLS, petrolíferas estrangeiras poderão explorar o pré-sal independente da participação da Petrobras. Até então, vigorava o regime de partilha que já colocava 70% do petróleo brasileiro à disposição dos interesses do capital estrangeiro, regime este criado pelo governo Lula.
A situação fica mais grave, pois retira a participação obrigatória de 30% da Petrobras como operadora única do Pré-Sal.
Nossa resposta será nas lutas! Todos às ruas dia 1º de abril para denunciar as mentiras do governo. Rumo à construção de uma Greve Geral no Brasil!
Alguns movimentos sociais programam um ato em defesa do mandato da presidente Dilma para 31 de março. A manifestação pretende reunir a Frente Brasil Popular, que tem o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Frente Povo Sem Medo, que inclui o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Intersindical – Central Sindical e setores do PSOL. Para a CSP-Conlutas é um grande erro participar de um ato que defenda o governo Dilma, responsável direto pelos principais ataques que estamos sofrendo, inclusive em relação à Petrobras.
O suposto golpe alardeado por segmentos que sustentam o governo é parte de uma política que ilude os trabalhadores e a juventude do país. Não há golpe sendo tramado. Aliás, que golpe é esse que está em curso, se PT e PSDB se juntam para entregar nosso petróleo para as multinacionais. Só se for o golpe contra as riquezas naturais do país e à soberania nacional, orquestrado por esses partidos, o governo Dilma e o Congresso. Na verdade, o que estamos assistindo é um espetáculo de disputa do poder. Não seremos joguetes nessa disputa. Não devem os trabalhadores e a juventude escolherem, portanto, entre os senhores da casa grande e os seus capatazes.
Seguimos fazendo o chamado para que as organizações dos trabalhadores e da juventude, que estão sustentando o governo Dilma, nesse momento, rompam com essa política e se somem às lutas em defesa da classe. Somente pela ação independente do movimento de massas vão ocorrer as mudanças que defendemos.
Essas não virão com a continuidade do governo Dilma/PT nem pelas mãos de Temer, Cunha, Renan ou Aécio ou José Serra.
Propomos a construção de um polo alternativo, um terceiro campo – dos trabalhadores, classista e independente – para lutar contra o governo, a oposição de direita e os patrões. Vamos fortalecer o “Espaço Unidade de Ação”, avançar na resistência e convocar manifestações por todo o país em um grande Dia Nacional de Lutas no dia 1º de abril contra as mentiras do governo Dilma-PT, dos governadores e dos prefeitos.
Unidade pra defender a Petrobrás e derrotar o governo!
Segundo o diretor da Federação Nacional dos Petroleiros Clarckson Araújo, todos os lutadores que estão denunciando o PLS de Serra estão corretos, mas, se o que se pretende é lutar contra a privatização do petróleo e da Petrobras, é necessário denunciar e dar um Basta no governo do PT e na presidente Dilma. “Enxergar os desafios da categoria petroleira como tarefas pontuais, restritas aos muros da Petrobrás, nos levará a derrota. Fizemos uma greve histórica que além da questão da luta salarial, também lutou contra a privatização”, ressalta.
O dirigente reforça que não é possível defender a Petrobrás e os direitos da categoria sem enfrentar os ataques do governo federal contra todos os trabalhadores. “Precisamos unificar todos os setores que estão em luta na construção de uma grande Greve Geral para derrubar também esse ajuste fiscal. Os petroleiros votaram um Plano de Lutas para colocar em prática uma ampla campanha contra a privatização, o sucateamento, o desmonte do Sistema Petrobrás e o desemprego”, afirma Clarkson.
– Em defesa da Petrobras 100% Estatal
– Todos às ruas dia 01 de abril para denunciar as mentiras dos governos
– Rumo à construção de uma Greve Geral no Brasil
– Nem o PT representa mais os trabalhadores, nem a oposição de direita é alternativa
– Contra Dilma-PT; Temer, Renan e Cunha-PMDB; Aécio-PSDB e demais alternativas de da direita
– Basta desse Congresso Nacional corrupto e reacionário.