No dia 13 de janeiro, 15 condutores de ambulâncias do SAMU Metropolitano foram comunicados pela empresa JMT de suas demissões. Os trabalhadores ficaram de aviso prévio sem receber os salários de dezembro e férias, na justificativa da redução contratual imposta pela Sesap.
Diante da demissão dos trabalhadores, o Sindconam-RN requereu uma mediação na Procuradoria Regional do Trabalho - 21ª Região, que foi realizada nesta quarta-feira (3), com o presença do Secretario Estadual de Saúde Pública, Jose Ricado Lagreca, o Coordenação Geral do SAMU Metropolitano e o Procurador da empresa JMT SERVIÇOS, Dr. Hugo, além do diretor do Sindsaúde-RN, Paulo Martins e o Presidente do Sindconam-RN, Wanderson Pires, junto com os dirigentes sindicais William Jackson e Pablo Gonçalves e o advogado Dr. Benedito Oderley Resende, com o objetivo de tentar reverter as demissões dos condutores de ambulâncias do SAMU.
Inicialmente o secretário de Saúde, justificou ao Procurador José Lima, que a necessidade da diminuição do número de condutores de ambulâncias no contrato com a JMT, foi em decorrência da diminuição dos valores destinados pelo Ministério da Saúde. Segundo o secretário, o último pagamento realizado pela Sesap a empresa JMT foi referente ao mês de novembro de 2015, e que a Sesap irá pagar a empresa o mês de dezembro/2015 possivelmente até o dia 20 de fevereiro. Após cobrança feita pelo Sindconam, a empresa pagou o salário de dezembro dos condutores, mesmo a Sesap não tendo repassado o dinheiro para a empresa.
O Coordenador Geral do Samu, afirmou que a empresa atende 18 PA (pontos de apoio locais) que cada PA necessita de cinco condutores para fechar a escala mensal, e nessa conta chega-se o número de 90 condutores para cobrir os PA´s, e o SAMU decidiu manter mais quatro condutores para atender eventos extras e a escala aero médica (para atendimento em aeronave). Foi dito ainda pelo coordenador, que existem duas ambulâncias fora de operação por falta de material, de forma mais especifica, falta de insumos, tais como pranchas, colares, coxins.
O representante da empresa JMT, reconheceu que tinha dado o aviso prévio para 15 condutores em cumprimento ao 5 º Termo aditivo de contrato, mas que cancelou dez desses avisos prévios utilizando esse contingente para fins de escala de férias.
O fato da empresa revogar a demissão de 10 condutores, para que se cumpra escala de férias, simplesmente demonstra a necessidade desses profissionais no serviço, além de que a qualquer momento as ambulâncias que estão fora de operação poderão retornar ao serviço. Para Wanderson, do Sindconam-RN, os trabalhadores são sempre penalizados pela crise financeira dos governos e dos patrões. “Eu faço um apelo ao governo do estado e Sesap que reveja a necessidade desses trabalhadores retornarem a empresa. A JMT revogou dez demissões, mas os outros cinco condutores irão ficar sem seus empregos. Além de deixar esses trabalhadores sem emprego, deixa a população desassistida, na medida em que reduz o atendimento e corta funcionários. A crise sempre é jogada nas costas dos trabalhadores”, disse Wanderson do Sindconam-RN.