Nesta quarta-feira (20), o Sindsaúde realizou um ato contra o caso de racismo que ocorreu no último sábado (16) no Hospital Municipal de Natal, recentemente inaugurado. A manifestação contou com a presença de servidores da saúde, do apoio do sindicato dos jornalistas e do Movimento Quilombo Raça e Classe.
Pouco antes de começar o ato, o secretário de Saúde, Luiz Roberto foi abordado dentro do hospital por dois diretores do sindicato. Manoel Egídio e Célia Dantas que estavam mostrando a situação da unidade para a imprensa, encontraram o secretário e a diretora do hospital em uma reunião. O secretário foi questionado pela audiência com a Secretaria Municipal de Saúde sobre as condições de trabalho no hospital e a realização do concurso público, cujo edital deveria ter sido publicado ainda em outubro. O sindicato tinha protocolado um pedido desde o dia 11 de janeiro.
Após a cobrança, o secretário marcou a audiência para a próxima segunda-feira (25). A diretora do hospital também foi questionada pelo assédio moral e o caso de racismo dentro da unidade. “Houve racismo e assédio e a direção precisa se posicionar em relação a isso”, afirma Célia Dantas.
Depois da conversa, o ato foi iniciado e o secretário chegou para impedir que ele prosseguisse. Luiz Roberto justificou que a audiência estava marcada e que não havia necessidade do ato na frente do hospital, pois estava fazendo muito barulho. A coordenadora-geral do Sindsaúde-RN, Simone Dutra, afirmou que não iriam encerrar o ato e que os servidores e usuários precisavam ouvir a verdade. “Nós vamos continuar com o ato e na segunda (25), a gente discute na audiência. Estamos realizando o ato pelo caso de racismo que ocorreu com as servidoras da nutrição. Por elas serem terceirizadas são impedidas de se manifestarem para não perder os empregos”, disse Simone.