O secretário de Planejamento de Extremoz, Antônio Lisboa, solicitou à Procuradoria Geral do Município a ilegalidade da greve dos servidores da saúde de Extremoz, nesta terça-feira (24). O secretário realizou uma medida arbitrária ao solicitar o desconto dos dias parados dos servidores grevistas. Ele pede ainda à Secretária de Saúde do Município as listagens de grevistas para o corte de ponto. A decisão é uma ameaça aos trabalhadores, que estão há 10 dias em greve.
Nada explica este gesto de arbitrariedade e desumanidade, do secretário Antônio Lisboa, a não ser a intenção de perseguir e assediar moralmente os servidores que permanecem em greve. A categoria está em greve não só por reajuste salarial, mas também por melhores condições de trabalho e dignidade.
“A greve nunca foi considerada ilegal, o secretário afirma que não estamos mantendo 30% de funcionamento nas unidades, no entanto, nós estamos deixando 50%. Inclusive todas as PSF estão funcionando. Não há motivos nem base jurídica para isso, pois temos todos os documentos necessários que irá desmintir essas acusações. O que o secretário quer é derrotar os trabalhadores da saúde, mas isso não vai acontecer”, denunciou Arlene Batista do Núcleo do Sindsaúde de Extremoz.
A proposta inicial da prefeitura ao reajuste era dar 1% ao mês a partir de março de 2016. Em uma conversa informal e sem nenhum documento, o secretário fez uma proposta de reajuste de 5% em março, 2% em abril de 2016, 5% em março e 2% em abril de 2017. A diretora do núcleo de Extremoz, Arlene Batista, passou a proposta aos servidores, no entanto a base rejeitou a proposta. A proposta da categoria é o reajuste de 2% em cada mês, durante 7 meses no ano de 2016.
Na manhã desta quarta-feira (25), a direção do núcleo de Extremoz encaminhou documentos à Procuradoria Geral que comprovam que a greve é legítima e também já acionou a assessoria jurídica do Sindsaúde para que tome providências cabíveis.
O sindsaúde não vai deixar que a greve seja criminalizada e por isso, nesta quinta-feira (25), os servidores em greve realizarão uma assembleia na Câmara municipal de Extremoz, às 14h, para avaliação da greve e discutir esse medida arbitrária.