Fundado há 8 anos na cidade do Rio de Janeiro num encontro que reuniu mais de 500 pessoas representando núcleos de militantes negros e negras de diversos estados do Brasil. O Movimento Quilombo Raça e Classe finalmente foi lançado aqui no RN.
Esse movimento pretende articular e discutir as lutas sobre a questão racial.
Na última sexta-feira (13), ocorreu o lançamento do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe em Natal, no auditório do Sindsaúde. A atividade contou com cerca de 50 pessoas. Dentre elas, ativistas do movimento sindical, estudantil e popular.
A mesa de lançamento contou com a participação de Wilson Honório da Silva, da direção nacional do Quilombo, Ana Célia, professora e membro do Quilombo de Natal e Marquedones Silva da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL). Em sua fala, Wilson resgatou a história da luta e resistência do povo negro e apresentou diversos nomes de mulheres e homens que lutarem pela libertação de negras e negros. Nomes que muitas vezes se tornam anônimos na nossa história. “Essas pessoas fizeram parte da luta contra o racismo e principalmente as mulheres negras ficaram invisíveis por conta do machismo e racismo. Os livros de história não contam o quanto essas gerreiras lutaram.
A maioria das falas expressou o marco histórico que é a fundação do Movimento no RN, um dos estados que mais são registrados casos de violência contra as mulheres negras. Durante toda a atividade as pessoas demostraram muita emoção com relatos sobre a luta das negras e negros, pela resistência, violência policial contra a juventude negra nos bairros da periferia e a importância de um movimento negro no estado.
Após o debate, houve uma confraternização com comida e bebida e ainda, apresentações com a bateria da escola de samba Imperatriz Alecrinense, um grupo de Hip Hop do bairro das Rocas também mostrou a poesia negra e com palavras de resistência e muita música.
O Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe nasce no Rio Grande do Norte para ser uma ferramenta capaz de fortalecer a luta contra o racismo e a exploração no Estado, buscando a unidade com os demais setores oprimidos e humilhados pelo capitalismo.