Todos os servidores de Natal fizeram duras greves neste ano. A Prefeitura respondeu com ameaças. Só concordou em devolver as faltas passadas e usou a Lei de Responsabilidade Fiscal para negar direitos, como as mudanças de níveis vencidas e as 30 horas. Depois anunciou medidas de ajuste, corte de hora-extra, atrasou salários e chegou a anunciar calote do 1/3 de férias. Até o concurso da saúde está atrasado!
Mas a crise não é igual pra todos. Carlos Eduardo vai gastar R$ 4,2 milhões com a iluminação natalina e o governo continua com altos salários. E a Prefeitura negociou com os médicos um acordo próprio, que garante a incorporação de gratificações e reajuste de 10% anual. Trata-se da quebra de um dos princípios do SUS, que é a isonomia nos salários-base no mesmo nível.
O descaso do governo, a crise e a quebra da isonomia levaram os servidores a uma nova greve. Foram duas marchas unificadas, que pararam a Av. Rio Branco. No dia 05, alguns sindicatos já iniciaram a greve. Por um prazo legal, o Sindsaúde aprovou a greve no dia 10/11, em assembleia geral. “È muito importante a unidade entre os sindicatos, que infelizmente não havia ocorrido neste ano. Juntos somos mais fortes para enfrentar a crise e os governos”, afirma Célia Dantas, diretora do Sindsaúde-RN.