Na noite de terça-feira (15), cerca de 40 pessoas embarcaram em um ônibus em Natal, para uma viagem de dois dias até São Paulo. O grupo reúne bancários, servidores da UFRN, estudantes e sete servidores da saúde. A caravana foi aprovada no final de semana, em reunião da coordenação estadual da CSP-Conlutas. O grupo desembarca em São Paulo na sexta (18), a tempo de participar da marcha nacional, na Avenida Paulista, às 15h. No dia seguinte (19), eles participam de um encontro nacional, com milhares de outros lutadores e lutadoras, para definir a continuidade da luta.
Mesmo tendo como prioridade a marcha em São Paulo, as entidades aprovaram uma manifestação em Natal, para fortalecer o dia de protestos contra o governo Dilma, o Congresso Nacional e a oposição de direita, que aplicam cortes de verbas, retirada de direitos e arrocho salarial contra os trabalhadores, para manter a crise. A manifestação será às 14h, em frente ao INSS da Rua Apodi. Os servidores da saúde de Natal e do Estado participarão da atividade.
As entidades de Mossoró também irão realizar um protesto neste dia 18, a partir das 16h, em frente à Ufersa (Universidade Federal do Semi-Árido), com caminhada pelas ruas do bairro Alto de São Manoel.
Uma marcha contra Dilma-PT, Cunha e Temer-PMDB, Aécio/PSDB!
Os governos e as empresas estão fazendo os trabalhadores pagarem pela crise da economia. Assim como Robinson, que nega o reajuste salarial, os governos apostam em arrocho e medidas de ajuste fiscal e ataques à aposentadoria. No setor privado, aumentam as demissões.
Em meio à crise, o PT e o PSDB/DEM brigam até à morte pelo comando do País. O PSDB tenta atrair os trabalhadores, indignados com a corrupção, para aprovar o impeachment de Dilma. Promoveu um ato no dia 16, com esse objetivo. O PT tenta se manter no poder e apostou nos atos no dia 20 para defender o governo. Mas a receita dos dois lados é a mesma para os trabalhadores: ajuste fiscal, perda de direitos, arrocho salarial, cortes no Orçamento, até a cobrança no SUS já foi proposta no Congresso. Não há o que esperar dos dois blocos.
É preciso que os trabalhadores preparem uma terceira via, que faça uma greve geral no País, contra as medidas de austeridade e por uma saída dos trabalhadores para a crise da economia. Por isso, a reunião nacional da CSP-Conlutas e as entidades que fazem parte do Espaço Unidade de Ação aprovaram uma marcha nacional do dia 18/08, na Avenida Paulista, em São Paulo, seguida de um encontro no dia 19. Caravanas de todo o País, em especial da região Sudeste, estão a caminho de São Paulo. O dia de luta é um passo importante para formarmos um campo dos trabalhadores em alternativa aos protestos dirigidos pela direita e os atos que defendem o governo.