Servidores da saúde em greve realizaram um ato público nesta quinta-feira (13), em frente ao hospital Tarcísio Maia, em Mossoró. Os servidores denunciaram o caos na saúde, a falta de estrutura, as obras de ampliação atrasadas e explicaram à população os motivos que levaram a greve da saúde.
No dia anterior, uma paciente morreu no chão do Tarcísio Maia após sofrer um infarto. Maria Iris Soares, 74 anos, chegou à unidade hospitalar passando mal, foi atendida e colocada em uma cadeira de rodas. O quadro se agravou e, como não haviam leitos e macas disponíveis, ela teve que ser atendida no piso. A paciente recebeu assistência médica, mas não resistiu chegando a óbito.
"O Governo não dá prioridade ao usuário, não dá prioridade ao servidor. Nós queremos que a população entenda a situação desses funcionários, que muitas vezes não consegue fazer o mínimo possível, que é dar um atendimento de qualidade. Falta medicação, falta leito, lençol... Isso é um absurdo, a culpa não é dos funcionários que estão em greve? Nós estamos aqui reivindicando melhorias na saúde, melhorias para os trabalhadores, nós queremos condições de trabalhar!", disse Jucirene Oliveira, do Sindsaúde/Mossoró.
Segundo João Morais diretor do Sindsaúde-RN, na manhã desta quinta (13) haviam 35 pacientes em macas nos repousos e nos corredores. “Existe aqui uma prática para maquiar a situação precária do hospital. Pegam os pacientes dos corredores e amontoam nas enfermarias e repousos. Durante toda greve estamos denunciando os problemas do Tarcísio Maia, não podemos aceitar que mais pacientes morram por falta de leito e medicamentos”, disse João Morais.
Na semana passada, nós do Sindsaúde-RN recebemos a denuncia de que alguns pacientes estavam sendo atendidos em colchonetes colocados no chão das enfermarias. Um paciente precisou receber transfusão de sangue deitado no chão da unidade, por falta de maca.
Outra versão
A direção do hospital, em entrevista coletiva informou que a paciente já chegou ao hospital sem vida e que o procedimento realizado pela equipe médica foi o correto.