Manifestamos solidariedade à greve dos metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos (SP), iniciada nesta segunda-feira, dia 10, contra as centenas de demissões realizadas pela empresa na véspera do Dia dos Pais, via telegrama, covardemente. Há um mês a GM já havia demitido 500 trabalhadores da planta de São Caetano do Sul. Mais uma vez, agiu de forma intransigente, ao realizar as demissões sem buscar o diálogo com o Sindicato dos Metalúrgicos e no momento em que um grupo de metalúrgicos da planta local retorna à fábrica após cinco meses de suspensão do contrato de trabalho.
Os trabalhadores brasileiros já estão sendo duramente penalizados pela alta da inflação, dos impostos, pela retirada de direitos e por demissões em diversos setores. As demissões vão piorar ainda mais este quadro.
A montadora ocupa a segunda posição no ranking de vendas no Brasil e lucrou de mais de um milhão de dólares no segundo semestre deste ano. Esse lucro é 302% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Além disso, montadoras como a GM receberam nos últimos anos mais de R$ 11 bilhões em isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ainda estão sendo beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento. Ao invés de garantir os empregos, as montadoras enviaram R$ 27 bilhões em lucros ao exterior, enquanto demitiram 7,6 mil trabalhadores apenas este ano.
Diante dos bilhões de reais concedidos em incentivos fiscais, é imprescindível que os governos federal, estadual e municipal intercedam em favor da anulação das demissões.
Exigimos que a presidente Dilma edite uma medida provisória determinando a estabilidade no emprego, bem como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, proibição da remessa de lucros para o exterior e estatização das empresas que demitirem em massa.
Natal (RN), 13 de agosto de 2015
Sindicato dos Servidores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN)
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