Na manhã desta segunda-feira (03), a Rua Ulisses Caldas voltou a ser interditada, devido a mais um protesto de servidores municipais. Após uma concentração em frente ao Memorial Câmara Cascudo os cerca de 150 manifestantes seguiram em uma caminhada pela Avenida Rio Branco até à sede da Prefeitura para protestar contra a portaria 1280/2015, publicada no dia 29 de julho, que autoriza o desconto dos salários de servidores grevistas.
A manifestação foi organizada pelo SindSaúde-RN, que iniciou sua greve no dia 08 de julho no município, e pelo SindGuardas, que está há 85 dias em greve pelo Plano de Cargos e Salários. O ato também fez parte da agenda da greve saúde estadual. Além dos dois sindicatos, o Sindprevs também aderiu à manifestação unificada, protestando contra a ameaça de corte de salários dos servidores do Ministério da Saúde que atuam na saúde municipal. Segundo o sindicato, a Prefeitura teria comunicado por whatsapp ao Ministério da Saúde que estaria descontando os salários.
O Sindsaúde propôs a unificação do ato também ao Sinsenat, ao Sindas e ao Soern, através de uma carta. Apenas o Sindas respondeu, afirmando que não poderia participar por já possuir um compromisso de greve neste dia. No caminho, a manifestação passou em frente à assembleia dos agentes de saúde e aplaudiu a categoria, que resiste em uma forte greve contra o governo.
Uma comissão, acompanhada pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU) subiu para buscar uma audiência com o governo e foi informada de que o prefeito e o chefe de gabinete não estariam no local. Os servidores foram então até a sede do Tribunal de Justiça, onde o prefeito Carlos Eduardo Alves participava de uma solenidade. No local, eles denunciaram a criminalização dos movimentos sociais e os descontos dos salários de 500 servidores da saúde após a greve de 2014, que sequer foi julgada ilegal.
Na tarde desta terça, os servidores da saúde estarão na Câmara Municipal, para protestar contra a portaria.
Posted by Sindsaúde-RN on Segunda, 3 de agosto de 2015