Nesta quinta-feira (16), os servidores da saúde estadual, em greve há um mês e uma semana, saíram em Caravana com destino à São Paulo do Potengi, para exigir melhores condições de trabalho e impedir a municipalização do hospital regional de São Paulo do Potengi.
O hospital é o primeiro a ser implantado o processo de regionalização das unidades públicas no RN. O estado irá passar para os municípios a responsabilidade de assumir financeiramente os hospitais regionais, a partir de iniciativas da cogestão.
Os servidores realizaram um ato na porta do hospital e depois, saíram às ruas da cidade para conversar com a população sobre porque estão em greve e denunciar a falta de investimento do governo e a aplicação da cogestão. A categoria da saúde, finalizou o ato em frente a prefeitura de São Paulo do Potengi, onde uma comissão procurou o prefeito, mas, ele não estava em seu gabinete.
O protesto denunciou também, o desabastecimento de medicamentos, materiais e insumos, a situação precária dos equipamentos do hospital, a ausência de ambulâncias e o assédio moral da diretora Euzanira Xavier de Souza, filha do deputado José Adécio.
“Não vamos aceitar que o governo tire das suas costas a responsabilidade para a prefeitura arcar com algo que todos nós sabemos que não tem condições. Se isso acontecer, o hospital regional de São Paulo do Potengi irá fechar. Os corredores do Walfredo Gurgel e o Deoclécio vão se multiplicar e nada vai resolver o caos da saúde no estado”, afirmou Edgard Aurino, diretor do Sindsaúde-RN.
Ainda, a Caravana realizou um ato público no Hospital regional Alfredo Mesquita, de Macaíba. Os servidores protestaram contra o abandono que o hospital de Macaíba se encontra. Segundo os servidores da unidade, há cinco anos, não nasce crianças macaíbenses, pois por falta de estrutura, as mães são encaminhadas para os hospitais da Grande Natal.
“É um absurdo que o governo não olhe para o hospital de Macaíba, ele está completamente abandonado, há cinco anos não nasce um criança macaíbense, pois aqui falta tudo, inclusive a prioridade do governo”, afirmou um técnico de enfermagem.