Pacientes sem atendimento, servidores sem direitos, adoecendo e sem reajuste salarial. “A realidade é a mesma, no país todo. Pode ser na saúde estadual, municipal, federal ou na privada. Mas a gente não consegue se unir”, falou um servidor da saúde de Minas Gerais, na reunião setorial da saúde, durante o 2° Congresso da CSP-Conlutas. A reunião contou com a presença de sindicatos que representam servidores da saúde no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará e em cidades como Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Itajubá (MG), Juazeiro do Norte (CE), Porto Alegre (RS), além de profissionais e estudantes de várias cidades.
A maioria das falas denunciou a exploração e as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos os profissionais de saúde. “Eu já fiquei ambuzando (ventilando) uma criança por quatro horas e ver uma vida se perder porque não tem um leito de UTI disponível. A gente adoece por causa disso”, afirmou uma servidora da saúde de Natal (RN). Outros servidores denunciaram o fechamento de serviços, a redução da quantidade de leitos e a crise que atinge a saúde em todo o país.
Os servidores reivindicaram a proposta de resolução apresentada pelo Sindees-MG, que propõe a luta pelo aumento do financiamento da saúde e a defesa da saúde pública 100% estatal. Os servidores também defenderam a realização de um dia nacional de luta pela saúde pública, convocado pela CSP-Conlutas, sindicatos, entidades e usuários, que exija mais investimentos, o fim da terceirização e denuncie projetos como o PL 451, que determina que todas as empresas garantam planos de saúde a seus funcionários. “As centrais pelegas vão vender isso como se fosse um conquista dos trabalhadores, quando na verdade isso é a destruição do SUS”, afirmou um estudante, do Fórum de Saúde de São Paulo.
A luta contra a privatização da saúde foi citada pelo mexicano Antonio Vital Galicia, da Aliança Nacional dos Trabalhadores em Saúde do México. “Fizemos uma dura luta e conseguimos barrar a reforma da saúde do México. Mas a luta no México é a mesma que vocês têm aqui, contra a privatização da saúde, o assédio e a precarização do trabalho”, afirmou. Antonio convidou a todos a participarem de um seminário internacional sobre a saúde pública, que está sendo preparado pelo Fórum Nacional Contra a Privatização do SUS, que realizou um seminário em abril, no Rio de Janeiro.
Arrocho salarial e sobrecarga - O arrocho salarial, a terceirização, o descumprimento de Planos de Cargos e o avanço da terceirização foram temas abordados por quase todas as falas. “A luta das 30 horas tem mais de duas décadas no Congresso Nacional. Mas o Eduardo Cunha desenterra projetos como o da terceirização, enquanto o PL das 30 horas fica engavetado”, denunciou um servidor da saúde do Pará. “O PL das 30 horas só vai pra frente com muita luta. Ainda mais com a crise econômica, eles querem que a gente trabalhe mais e não menos”, afirmou Célia Dantas, do Sindsaúde-RN.
A reunião apontou a necessidade de mapear as lutas da saúde, para garantir a solidariedade e evitar a fragmentação. Uma diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (CE) relatou que os servidores da saúde estão em greve há 100 dias, sem que o governo dê respostas aos servidores. A repressão e o desconto de salários aos grevistas de Natal também foram denunciados.
Ao final, foram aprovadas iniciativas para formar um Setorial Nacional de Saúde da CSP-Conlutas e setoriais nos estados. Uma comissão provisória será formada, com dois representantes de cada entidade, até o próximo encontro, na reunião da coordenação nacional da CSP-Conlutas.
Pacientes sem atendimento, servidores sem direitos, adoecendo e sem reajuste salarial. “A realidade é a mesma, no país todo. Pode ser na saúde estadual, municipal, federal ou na privada. Mas a gente não consegue se unir”, falou um servidor da saúde de Minas Gerais, na reunião setorial da saúde, durante o 2° Congresso da CSP-Conlutas. A reunião contou com a presença de sindicatos que representam servidores da saúde no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará e em cidades como Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Itajubá (MG), Juazeiro do Norte (CE), Porto Alegre (RS), além de profissionais e estudantes de várias cidades.
A maioria das falas denunciou a exploração e as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos os profissionais de saúde. “Eu já fiquei ambuzando (ventilando) uma criança por quatro horas e ver uma vida se perder porque não tem um leito de UTI disponível. A gente adoece por causa disso”, afirmou uma servidora da saúde de Natal (RN). Outros servidores denunciaram o fechamento de serviços, a redução da quantidade de leitos e a crise que atinge a saúde em todo o país.
Os servidores reivindicaram a proposta de resolução apresentada pelo Sindees-MG, que propõe a luta pelo aumento do financiamento da saúde e a defesa da saúde pública 100% estatal. Os servidores também defenderam a realização de um dia nacional de luta pela saúde pública, convocado pela CSP-Conlutas, sindicatos, entidades e usuários, que exija mais investimentos, o fim da terceirização e denuncie projetos como o PL 451, que determina que todas as empresas garantam planos de saúde a seus funcionários. “As centrais pelegas vão vender isso como se fosse um conquista dos trabalhadores, quando na verdade isso é a destruição do SUS”, afirmou um estudante, do Fórum de Saúde de São Paulo.
A luta contra a privatização da saúde foi citada pelo mexicano Antonio Vital Galicia, da Aliança Nacional dos Trabalhadores em Saúde do México. “Fizemos uma dura luta e conseguimos barrar a reforma da saúde do México. Mas a luta no México é a mesma que vocês têm aqui, contra a privatização da saúde, o assédio e a precarização do trabalho”, afirmou. Antonio convidou a todos a participarem de um seminário internacional sobre a saúde pública, que está sendo preparado pelo Fórum Nacional Contra a Privatização do SUS, que realizou um seminário em abril, no Rio de Janeiro.
Arrocho salarial e sobrecarga
O arrocho salarial, a terceirização, o descumprimento de Planos de Cargos e o avanço da terceirização foram temas abordados por quase todas as falas. “A luta das 30 horas tem mais de duas décadas no Congresso Nacional. Mas o Eduardo Cunha desenterra projetos como o da terceirização, enquanto o PL das 30 horas fica engavetado”, denunciou um servidor da saúde do Pará. “O PL das 30 horas só vai pra frente com muita luta. Ainda mais com a crise econômica, eles querem que a gente trabalhe mais e não menos”, afirmou Célia Dantas, do Sindsaúde-RN.
A reunião apontou a necessidade de mapear as lutas da saúde, para garantir a solidariedade e evitar a fragmentação. Uma diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (CE) relatou que os servidores da saúde estão em greve há 100 dias, sem que o governo dê respostas aos servidores. A repressão e o desconto de salários aos grevistas de Natal também foram denunciados.
Ao final, foram aprovadas iniciativas para formar um Setorial Nacional de Saúde da CSP-Conlutas e setoriais nos estados. Uma comissão provisória será formada, com dois representantes de cada entidade, até o próximo encontro, na reunião da coordenação nacional da CSP-Conlutas.
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