Na tarde desta terça-feira (13), entidades que compõem o Fórum dos servidores estaduais do RN se reuniram para discutir a Previdência Estadual, que está sendo atacada duramente com a alteração da Lei 8.633, de 2005.
O Fórum dos servidores estaduais do RN se reuniu para fortalecer e unir a luta em comum de diversas categorias do serviço público contra os ataques que vêm sofrendo duramente do governo. Entre as entidades sindicais presentes, estavam representantes do Sindsaúde/RN, SINPOL/RN, SINAI/RN, SINSP/RN, SINDASP/RN e a representação dos trabalhadores no Conselho Previdenciário do IPERN.
A reunião teve como principal ponto de discussão o ataque à Previdência Estadual. No inicio da reunião, o presidente do Conselho de Previdência Social, Nereu Linhares, apresentou alguns números do balanço financeiro do governo do estado. O dados mostram que existem recursos para pagar os salários e atender as demandas dos servidores, o que falta é a vontade política. Nereu, ainda alerta que a medida não traz solução definitiva e pode provocar prejuízos aos aposentados, além dos que estão na ativa.
A diretora do Sindsaúde-RN, Rosália Fernandes, alerta que a medida não resolve os problemas e lembrou da luta dos professores do Paraná. “Foi por causa dessa Lei que os professores do Paraná foram às ruas contra o ataque à Previdência. Eles foram duramente reprimidos e muitos ficaram feridos para impedir que a Lei fosse aprovada, mas com muita luta eles conseguiram barrar. Precisamos unir forças para desmontar o discurso do governo Robinson Faria que diz que os trabalhadores que têm que pagar a conta da crise que o governo Rosalba deixou, mas que inclusive ele fez parte enquanto vice- governador” disse.
Para Janeyare Souto do SINSP/RN a necessidade das entidades se organizarem no dia a dia é urgente. “Temos que nos preparar para o enfrentamento, pois os ataques que estamos sofrendo tanto governo estadual, quanto do governo federal são grandes. É justo, um secretário receber 28 mil reais sem ajuda de custo, enquanto um trabalhador recebe um salário mínimo que muitas vezes recebe atrasado? A crise é só pra nós trabalhadores?”, afirmou.
O Fórum discutiu a necessidade de realizar campanhas para esclarecer à categoria sobre a Lei Complementar. Foi proposto a elaboração de cartilha, seminário e programas na TV sobre a Lei. Além disso, haverá uma paralisação dos servidores da saúde no dia 21, onde ocorrerá um ato público em frente à Assembleia Legislativa para protestar contra PL da Previdência Complementar.