Em Brasília, mais de 4 mil pessoas foram ao Congresso Nacional e tentaram impedir a votação do PL. Infelizmente, mais uma vez a manifestação pacífica dos trabalhadores foi reprimida com violência pela polícia. A manifestação resultou no adiamento da votação do Projeto que seria votado nesta terça (7), para a quarta-feira (08). Sem muita surpresa, o Projeto foi aprovado pela grande maioria da bancada dos Deputados. Foram 324 votos a favor do texto, 137 contra e 2 abstenções. Nenhum deputado do RN votou contra o Projeto. Foram cinco votos a favor, uma abstenção e duas ausências. Rafael Motta, o único deputado do RN que havia votado contra o regime de urgência, não estava em plenário na hora da votação do projeto.
Não só em Brasília, mas em todo o País, ocorreram protestos contra o Projeto de Lei 4330/2004. Esta medida é um grave ataque aos direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora, pois amplia as terceirizações e precariza ainda mais o trabalho, ameaçando a garantia de direitos trabalhistas importantes como férias, 13º salário, descanso remunerado, horas extras e outros.
Em Natal, servidores da saúde também foram às ruas em protesto contra o PL e contra a privatização da saúde pública. Cerca de 150 pessoas saíram às ruas para dizer não ao Projeto que amplia a terceirização e contra os ataques do governo aos direitos trabalhistas. Após a concentração em frente ao Sindsaúde, às 9h, os servidores da saúde caminharam pela Av. Rio Branco até a agência do Banco do Brasil, que estava parcialmente paralisada e onde foi realizado um ato com bancários, vigilantes e técnicos-administrativos da UFRN e partidos como o PSTU e PSOL.
Colocar o bloco na rua para barrar o PL da terceirização
No dia 15 de abril, será a vez do Senado votar o Projeto. Nesse mesmo dia, as centrais sindicais CSP-CONLUTAS, CUT, CTB, INTERSINDICAL discutem a convocação de uma Dia de Paralisações e a construção de uma Greve geral nacional. Uma reunião ocorrerá ainda nesta quinta (09), para definir a resposta dos trabalhadores. Vamos à luta, nas ruas, impedir que este absurdo prevaleça e protestar contra o ajuste fiscal e os demais ataques aos trabalhadores.