O Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, também está sofrendo com a superlotação. Cerca de 46 pacientes, tanto de ortopedia quanto de clínica médica, estão internados em macas pelos corredores da unidade hospitalar. Na manhã da última segunda-feira (06), apenas uma técnica da clínica cirúrgica estava responsável por atender 18 pacientes.
O estado não paga eventuais aos servidores desde fevereiro. Na segunda (08), não tinha nenhum servidor para assumir a clínica cirúrgica, tendo que remanejar uma técnica do politrauma. Os servidores estão sofrendo sobrecarga
Com o caos instalado no hospital Deoclécio Marques, cerca de 29 enfermeiros e 28 técnicos de enfermagem pediram vacância ou pediram demissão, por não aguentarem a sobrecarga e as condições de trabalho que são oferecidas.
O setor de nutrição vem enfrentando uma grande falta de infraestrutura já há algum tempo e nada foi resolvido. Desde dezembro de 2013, a cozinha tinha sido interditada, porém, ela continua sendo utilizada. Só deixou de ser utilizada, após o fogão pegar fogo no último final de semana. Devido ao problema causado, a alimentação dos pacientes está sendo fornecida por uma empresa contratada.
A falta de medicamentos no hospital também é algo recorrente, como é o caso dereagentes. Há mais de dois meses não tem reagente para realizar o exame das enzimas cardíacas para diagnosticar infarto. Além do desabastecimento, há ausência de materiais e os equipamentos hospitalares são precários.