Na manhã desta quinta-feira (26), os servidores da saúde de Natal e municipalizados realizaram uma assembleia no Auditório do Sindsaúde, para discutir a campanha salarial de 2015.
A assembleia teve um ponto inicial sobre a crise econômica que atinge o País, as medidas anunciadas pelos governos, como as Medidas Provisórias que retiram direitos trabalhistas, a alta das tarifas e os cortes de gastos dos governos. Também foram discutidos os atos públicos que ocorreram nos dias 13 e 15, a favor e contra o governo Dilma e a decisão do congresso do Sindsaúde sobre o tema.
“A crise chegou com tudo e os governos já estão querendo mandar a conta para os trabalhadores. Temos que ir para às ruas, mas não dá pra confiar nem no governo nem na velha direita”, afirmou Simone Dutra, do Sindsaúde.
O impacto da crise já chegou até Natal. O prefeito Carlos Eduardo cancelou mais uma vez a audiência que teria com os sindicatos, e, no mesmo dia, permaneceu reunido com os secretários, discutindo corte de verbas em todas as áreas. “Até agora a Prefeitura não respondeu às principais reivindicações, como o índice de reajuste e as mudanças de nível vencidas. Estão ganhando tempo e vão querer cortar dos nossos direitos, mais uma vez”, afirmou Célia Dantas, do Sindsaúde.
A assembleia decidiu intensificar os atos de rua e a mobilização da categoria. O primeiro ato será no dia 07, em unidade com os servidores estaduais. A mobilização sairá de frente do Sindsaúde e tem um duplo sentido: marca o dia 07 de abril, Dia Mundial da Saúde, e faz parte da Jornada Nacional de luta aprovada pela CSP-Conlutas e outras entidades, contra os ataques do governo Dilma Rousseff, a corrupção e o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização e que está previsto para ser votado neste dia no Congresso Nacional.
A reunião aprovou a pauta oficial de reivindicações da categoria e um calendário de lutas para esse primeiro semestre. Uma nova assembleia será realizada no dia 17 de abril, logo após a reunião da Mesa de negociação permanente do SUS.
PROCESSOS - A reunião contou com um informe do vereador Sandro Pimentel (PSOL) sobre a comissão da Câmara que investiga os processos parados na Prefeitura. “São quase dois mil processos que estão parados há anos. Tem processo de servidor parado há quase 20 anos, sendo que a lei manda que a gestão responda em até 60 dias”, denuncia. Ele convocou a categoria para acompanhar a leitura do relatório na Câmara e pressionar para que se estabeleça um prazo para a solução dos processos