Na tarde desta quinta-feira (05), o dia foi de muita luta. Para lembrar o Dia Internacional de Luta das Mulheres, militantes feministas, sindicatos e partidos políticos de esquerda prepararam um ato para chamar a atenção aos altos índices de violência contra a mulher. A manifestação também chamou atenção para a qualidade dos serviços de saúde no estado e exigir do governo federal 1% do PIB para o combate à violência machista. O ato aconteceu na Praça Kennedy, no centro de Natal.
"As mulheres são as principais vítimas da violência doméstica. A cada 2 horas uma mulher é assassinada. Existe a Lei Maria da Penha para as mulheres, mas a violência continua constante e cada vez maior. Nós do Sindsaúde, estamos aqui para apoiar a luta das mulheres por mais direitos, cobrar a efetivação da Lei Maria da Penha, que Delegacias das Mulheres que funcionem 24 horas e a destinação de 1% do PIB para aplicar em políticas públicas de combate à violência", disse Célia Dantas, do Sindsaúde-RN.
Uma das principais reivindicações é a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, de 2014, do governo Dilma que restringe os direitos trabalhistas como o seguro-desemprego, o auxílio-doença, a pensão por morte e o abono salarial (PIS). Homens,mulheres e jovens serão penalizados com as medidas. No entanto, serão as mulheres as mais atingidas, por conta do trabalho precário, da rotatividade e do assédio moral. Além disso, o corte no orçamento da União aos setores sociais dificultará ainda mais o acesso às políticas públicas e às creches.
Dentre as reivindicações estão: Destinação de 1% do PIB para combater a violência contra a mulher; Efetivação da Lei Maria da Penha; Centro de Apoio às Vítimas de Violência; Delegacias das Mulheres funcionando 24 horas; Creches em período integral e gratuitas para as trabalhadoras; Não à criminalização dos Movimentos Sociais; Revogação das MPs 664 e 665 de 2014.
As entidades que organizaram a manifestação são: MML, CSP-Conlutas, Intersindical, Sindsaúde-RN, Sinai-RN, Sindicato dos Bancários, ANEL, Juntos, Articulação de Mulheres Brasileiras, PSOL, PSTU e POR.