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Trabalhadores e trabalhadoras de todo país se mobilizaram nesta quarta-feira (28) no Dia Nacional em defesa dos direitos e empregos, convocado por centrais sindicais como a CUT e CTB, centrais que apoiam o governo Dilma Rousseff e sua reeleição. O protesto foi contra as Medidas Provisórias publicada no final de 2014, que
reduzem o direto ao seguro-desemprego, às pensões e ao abono-salarial, entre outros direitos trabalhistas. O pacote do governo Dilma já é visto como uma mini-reforma da Previdência. Os atos também denunciavam as demissões, em especial nas montadoras, como a Volkswagen.
A CSP-Conlutas, central independente dos governos, integrou as manifestações na maior parte dos 18 estados onde haveriam atos, exigindo que Dilma Rousseff revogue as medidas provisórias 664 e 665, que reduzem os direitos da população e garantem benefícios aos patrões.
Em Natal, os sindicatos se reuniram no cruzamento da rua João Pessoa com a avenida Princesa Isabel, no centro, para protestar contra o corte de direitos. As centrais se preparam para outras mobilizações de rua até o dia 22 de fevereiro.
EM SÃO PAULO, CSP-CONLUTAS REAFIRMA: “EM DIREITO NÃO SE MEXE”
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Em São Paulo, cerca de 3 mil trabalhadores participaram do ato marcado para as 10h, com concentração no Vão do Masp. A importância que a classe trabalhadora teve para mudar os rumos do país foi resgatada na fala do dirigente da CSP-Conlutas, Herbert Claros, também vice-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que destacou que tal garra ressurgia naquele momento. “A classe trabalhadora vem às ruas, porque não vai aceitar retirada de direitos, não vai aceitar medidas que atacam a previdência. Quem tem que pagar pela crise não somos nós, quem tem que pagar pela crise são os patrões, a burguesia e os bancos que ganham com a exploração dos trabalhadores”, destacou o dirigente. Herbert continuou sua fala apontando que o desafio das centrais e sindicatos presentes no ato era continuar as mobilizações. “Se necessário, vamos parar todo o Brasil para pressionar o governo a atender a exigência dos trabalhadores. Não há recuo. Nós queremos a revogação e imediata dessas medidas provisórias”, finalizou.
O Movimento Mulheres em Luta (MML) também participou dos protestos, denunciando que o pacote de medidas do governo Dilma atinge em especial as mulheres trabalhadoras.
EM BELÉM, PARALISAÇÕES E ATO UNITÁRIO MARCAM DIA DE LUTA
Cerca de 500 pessoas participaram do Dia Nacional de Lutas na capital paraense, por emprego e direitos. A CSP-Conlutas PA, junto às demais centrais CUT, CTB, Força Sindical, UGT e NCST, organizaram a passeata que saiu da Escadinha do Porto de Belém, pouco mais das dez horas da manha. Operários da Construção Civil de Belém, professores, bancários, funcionários públicos dos governos Federal e Estadual, trabalhadores terceirizados do setor de Telecomunicações e outros, se mobilizaram desde cedo na escadinha do Porto, para participarem da passeata.
Segundo Zé Gotinha, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém, filiado à CSP Conlutas, os operários estavam revoltados com esse ataque de Dilma aos direitos dos trabalhadores. “O sentimento geral é de indignação. Muito trabalhador gritava no canteiro que temos que ir pra rua e que o governo do PT está pisando na bola com os trabalhadores”, afirmou Zé Gotinha.
Com informações da CSP-Conlutas