O enfermeiro Breno Abbott está sendo vítima novamente de uma perseguição. Em outubro do ano passado, Breno havia sido devolvido para a Sesap pela direção do hospital. O enfermeiro trabalha há muitos anos no Giselda Trigueiro e sempre foi disciplinado no trabalho. “Em meus trinta e dois anos trabalhando como enfermeiro nunca fui de faltar e atrasar, porém com essa perseguição precisei faltar um dia por questões de saúde e quando entreguei o atestado eles recusaram”, afirma Breno.
Após provocar indignações por parte dos seus colegas servidores, e depois de reuniões com a direção e o Sindsaúde, o médico Carlos Mosca aceitou o pedido do sindicato para que ele retornasse ao Giselda. “A medida foi realizada sem nenhum processo administrativo contra o servidor, isso mostra claramente que a perseguição é política, pois Breno participa de manifestações e atividades da categoria”, afirmou Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde, que participou das reuniões com a direção do hospital no ano passado.
Porém, em menos de três meses após o seu retorno, Breno foi chamado para uma reunião com a direção, onde foi comunicado sua transferência. Segundo a assessoria jurídica do Sindsaúde, a medida é ilegal, pois a legislação eleitoral impede a mudança de local de trabalho dos servidores públicos no período de três meses após a eleição. A assessoria do Sindasaúde já entrou com um processo junto à secretaria de Saúde para resolver o caso. “Eles me deram o aviso de transferência e não me entregaram nada, nenhum papel. Estou sendo perseguido, a situação está ficando cada vez mais complicada. A sensação é horrível e perturbadora, ter que chegar ao hospital e não saber qual será o próximo ataque”, disse Breno
Na última quinta-feira (22), a coordenadora-geral do Sindsaúde Simone Dutra marcou uma reunião com a direção do Giselda para terça-feira (27). “A proposta da reunião é conversar com a direção do hospital para que reveja o pedido de transferência comunicado a Breno. É inadmissível que a direção que se diz uma gestão democrática, esteja agindo dessa maneira”, afirmou Simone Dutra.
Além da reunião que irá discutir a situação do servidor, também está marcado um ato de solidariedade na quarta-feira (28), no hospital Giselda Trigueiro, às 8h30. O ato contará com a presença do Sindsaúde e servidores que apóiam a luta de Breno.