No momento da visita, os diretores do Sindsaúde Manoel Egidio e Maria Lúcia reivindicaram medidas urgentes ao governador e ao secretário de Saúde para a solução da situação instalada no hospital. “Os corredores estão superlotados repletos de macas com pacientes, sendo utilizados como enfermarias. Ontem havia 80 pacientes nos corredores. A falta de condições de trabalho vem provocando adoecimento dos trabalhadores, muitas vezes fica apenas um técnico de enfermagem para vinte pacientes e isso não tem condições”, afirmou Egidio.
Robinson, em conversa com pacientes, ouviu as mesmas reivindicações por melhorias para a saúde. “É um absurdo, estou aqui há mais de 15 dias”, disse um dos pacientes. Muitos deles estão internados há mais de 30 dias aguardando procedimentos cirúrgicos ortopédicos e outros chegando a ter membros amputados, em virtude da demora de atendimento do Estado.
Após diversas cobranças por parte dos usuários, servidores e do Sindsaúde, o governador afirmou que está elaborando um plano para tentar resolver os problemas mais urgentes. “Nós queremos divulgar o plano o mais rápido possível”, disse.
O vice-coordenador do Sindsaúde, Manoel Egidio Jr, reafirmou ao secretário de Saúde, Dr. Ricardo Lagreca, a necessidade urgente de uma Audiência com o Sindsaúde para discutir todas essas questões. Ainda nesta quinta-feira, o sindicato enviou um ofício com uma pauta de emergência, com reivindicações como a garantia da alimentação e de medicamentos e os principais problemas de cada hospital. Na ocasião, o secretário de Saúde, Ricardo Lagreca, e a Coordenadora da COHUR, Camila Costa, reconheceram o déficit de pessoal ainda existente no hospital.
Privatização
Diante do drama e da superlotação do Walfredo, que Robinson desconhecia, apesar de tantos anos de vida pública, o governador já cogita a privatização dos serviços. Robinson afirmou que não vê problemas em adotar uma Parceria Pública-Privada para a construção e gestão do Hospital de Trauma de Natal. A medida foi proposta pela governadora Rosalba e milhões de reais chegaram a ser gastos na contratação de uma empresa para preparação do projeto do hospital, para a licitação, mas o Projeto de Lei não avançou na Assembleia Legislativa.
A PPP significa a privatização da saúde pública. As empresas vão poder gerir a saúde do estado, com altos lucros, sem riscos e tudo garantido com o dinheiro público, além de precarizar as relações de trabalho.