O Rio Grande do Norte completou a terceira madrugada de violência com ataques na capital e pelo menos outras oito cidades. Conforme estamos acompanhando, as ações criminosas são organizadas por uma facção que tem queimado prédios públicos, comércios, veículos e agora Unidades de Saúde. Os ataques seguem ocorrendo, na manhã desta quinta-feira (16), mesmo após a chegada de 100 homens da Força Nacional para reforçar a segurança do estado.

 

Diante do cenário bárbaro, o Sindsaúde/RN, através de sua assessoria jurídica, protocolou um ofício destinado à Fátima Bezerra (PT),  governadora do estado, e seu secretário de saúde, Cipriano Maia, solicitando que as unidades de saúde que não sejam 24h (Cri, Hemonorte, Sesap, Unicat, Lacem) sejam fechadas, com a manutenção do serviços apenas no setores em que houver a possibilidade de trabalho home office. Nos demais setores os (as) trabalhadores (as) devem ser mantidos em casa para sua segurança, sem que isso configure falta ou necessidade de compensação.

 

Caso a solicitação não seja atendida, exigimos que, pelo menos, estas unidades funcionem com atendimento reduzido, até meio dia. O documento pede ainda que os servidores que não conseguiram ir ao seu trabalho por conta da retirada de circulação dos ônibus ou do cancelamento de viagens no interior tenham suas faltas abonadas, não sendo colocadas em suas fichas funcionais e nem tão pouco com realização de descontos em seus salários. Por fim, também exigimos mais segurança para o Hospital de Macaíba, considerando o aumento dos ataques na região que, na última noite, teve duas Unidades Básicas de Saúde incendiadas. 

 

Assim como na pandemia e em diversos outros cenários sociais angustiantes, os (as) profissionais da saúde seguem sendo linha de frente em todas as situações. Prezando pela segurança destes trabalhadores e trabalhadoras, exigimos que o governo analise todas as solicitações do sindicato e as atendam o quanto antes. Essa é uma questão de segurança e de direitos dos(as) servidores (as) da saúde. Não ficaremos sentados esperando que o pior aconteça, exigimos uma resposta já!